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Processadores para Jogos

Núcleos, núcleos, magníficos núcleos. A
acreditarmos na palavra da Intel e da AMD, a solução para todas as
calamidades do mundo envolve enterrá-las debaixo de uma montanha de
núcleos de processadores. Aparentemente, não há nada que não se possa
curar com suficiente potência de computação multi-core. Esta ideia
encerra pelo menos alguma verdade. Na maior parte do tempo, os núcleos
extra fornecem mais desempenho, mas nem sempre. Além disso, convém
lembrar que os chips com mais núcleos também são mais caros.

A AMD tornou o quad-core mais acessível com o
seu novo Athlon II X4 de baixo preço. Ao mesmo tempo, a Intel parece ir
na mesma direcção com as suas propostas económicas. A mais recente, com o
nome de código Clarkdale e diversamente designada pelas marcas Core i3 e
Core i5, consiste num sistema dual-core, não obstante a vantagem dos
minúsculos transístores de 32 nm. No entanto, graças às velocidades mais
altas do relógio, à arquitectura de topo de gama e à capacidade para
lidar com dois threads por núcleo, o Clarkdale dá umas valentes
machadadas nos números do desempenho.

Contudo, o Clarkdale está igualmente
comprometido pela sua radical arquitectura de fusão CPU-GPU. Terá de
continuar a ler para saber mais detalhes. Basta dizer por agora que
gostaríamos de ver um modelo dual-core despojado dos seus inúteis
gráficos integrados.

Ainda assim, a competição entre dual-core e
quad-core na gama de entrada acabou de ficar muito mais interessante.
Mais acima na escala, a pergunta fulcral é a seguinte: o que oferece
desempenho suficiente? A Intel fabrica os chips mais rápidos, mas quando
tomamos em consideração factores como o custo total da plataforma e a
capacidade de actualização, bem como a ideia de que mais desempenho além
de um certo ponto pouco melhora a nossa experiência do PC, os
processadores Phenom da AMD fazem mais sentido.

Se o leitor pretende o melhor que o PC tem para
oferecer actualmente, será que precisa mesmo de comprar um chip Intel
Extreme Edition e as engenhocas caras que o acompanham? Vamos ajudar a
responder a essa pergunta…

AMD PHENOM II X2 550 BE


[TESTE] Processadores para jogos 300_01

Este chip dual-core da AMD é um barrete, se
considerarmos que o número de núcleos é o único parâmetro de avaliação
do processador que interessa. Afinal de contas, a própria AMD vende um
processador quad-core autêntico na forma do Athlon II X4 620 por mais
cerca de 11 euros.

Uma rápida vista de olhos pelos benchmarks
multi-thread só serve para piorar as coisas. Este é de longe o
processador mais lento nos nossos testes de codificação de vídeo de alta
definição e renderização profissional. Para que não haja a menor sombra
de dúvida, não estamos a dizer que se encontra ligeiramente atrás no
papel ao mesmo tempo que oferece uma experiência semelhante ao
utilizador final. O Core i7 860 da Intel é cerca de 2,5 vezes mais
rápido nas aplicações que apresentam um bom comportamento com a adição
de núcleos.

Porém, o contraste multi-thread realmente
doloroso chega-nos com os cumprimentos do supracitado quad-core Athlon
II. É quase duas vezes mais rápido no nosso teste de codificação de
vídeo X264 e corta mais de 30 segundos ao tempo de dois minutos e seis
segundos do 550 no Cinebench.

Mas esta não é, obviamente, a história toda. O
Phenom II X2 devia ser reconhecido pelas suas capacidades mal o leitor
entra no seu jogo favorito. Admitimos que a recente chegada do Windows 7
e DirectX 11 parece ser um ponto de viragem decisivo para os
desenvolvimentos de verdadeiros jogos multi-thread. Por enquanto,
todavia, os jogos continuam a ser uma das últimas aplicações
remanescentes que resistem à mudança da indústria informática para o
multi-threading. Somente um punhado de títulos utiliza eficazmente mais
de um par de núcleos.

AMD ATHLON II X4 620

[TESTE] Processadores para jogos 300_02

Um processador quad-core por este valor? O que há
para não gostar? Certamente não o esticão bruto deste chip nas
aplicações multi- -thread. Faz frente a todos menos ao poderoso chip
Core i7 860 de oito threads. Mais especificamente, encadeia por completo
o seu congénere dual-core, o AMD Phenom II X2 550.
Se o que pretende é um processador barato para a
codificação de vídeo doméstico, renderização de imagem ou qualquer tipo
de criação de conteúdos, o Athlon II X4 620 é um achado. Na verdade,
apostamos que para a grande maioria das pessoas na maior parte do tempo,
este chip oferece a quantidade de desempenho quad-core de que alguma
vez precisam ou podem querer.

Além disso, quando acrescentamos a flexibilidade
das plataformas e sockets de processador da AMD, a imagem só melhora. O
ponto a reter aqui é que o 620 encaixa em qualquer socket AMD
remotamente recente, incluindo os AM2, AM2+ e AM3. Por sua vez, isto dá
ao leitor a possibilidade de correr memória DDR2 ou DDR3.

Com efeito, quando comparamos isto com a
confusão onde a Intel se meteu com os seus dois sockets de PC de
secretária incompatíveis (três, se incluirmos o velhinho LGA775), e
agora um novo processador que vem aumentar ainda mais a confusão ao
forçar a adopção dos gráficos integrados junto dos consumidores, a
simplicidade da abordagem da AMD parece ainda mais atraente. E isso
antes de adicionarmos o lunático esquema de marcas dos Core i3, i5 e i7.


AMD PHENOM II X4 955 BE

[TESTE] Processadores para jogos 300_03

Paremos para pensar um pouco no processador Phenom
da AMD. Em parte devido aos atrasos no lançamento inicial, em parte por
ter sofrido de um ou dois erros sérios durante a sua infância, e vendo
os chips Core da Intel, de uma maneira geral, pavonearem-se impunemente,
a vida tem sido um pouco sombria.

Mais recentemente, no entanto, as coisas têm
melhorado. A maior oportunidade surgiu com o Phenom II e a mudança de
transístores de 65 nm para 45 nm. É certo que este processo de
encolhimento produziu poucos melhoramentos ao nível da arquitectura, mas
permitiu corrigir os problemas do primeiro modelo e por sua vez
aumentar as velocidades do relógio. O resultado foi um processador muito
mais competitivo. Evidentemente, não se pode dizer que a Intel nesse
meio tempo tenha estado parada.

Comparado com os mais recentes processadores
quad-core da Intel, este Phenom continua a parecer algo lento. Mas será
que isso importa se a experiência real do utilizador final for
suficientemente boa? Afinal de contas, graças ao custo inferior das
motherboards AMD compatíveis e ao maior esforço que a AMD tende a
investir para manter a sustentabilidade a longo prazo, e por conseguinte
a capacidade de actualização, o Phenom II tem muito a seu favor além do
mero desempenho.

INTEL CORE i5 750

[TESTE] Processadores para jogos 300_04

Um dia, esperamos que num futuro não demasiado
distante, alguém vai fazer o que tem de ser feito: mandar juntar a
actual equipa de marketing da Intel, alinhá-la contra uma parede e
dar-lhe um daqueles sermões valentes. Parece desagradável? Não é nada
comparado com os crimes hediondos contra a lógica e a razão que cometeu
ao longo dos últimos seis meses

É graças a esses crimes que temos de explicar
repetidamente que este Core i5 não tem nada que ver com o outro Core i5
em teste este mês. Na verdade, trata-se do mesmo chip do Core i7, mas
com o HyperThreading desactivado. Ao mesmo tempo, contudo, é um die de
processador completamente diferente de outro Core i7 que não aparece
aqui, percebeu? Entretanto, o novo Core i3 (que também não aparece aqui)
é na verdade o gémeo quase idêntico do outro Core i5. Tudo isto não
passa de uma grande confusão.

Se interrogarmos a Intel sobre este assunto, a
resposta habitual envolve novas garantias acerca do peso esmagador da
investigação que sustenta estas atrocidades do esquema de marcas e a
infinita experiência dos responsáveis. Em suma, estamos apenas a seguir
ordens, meu comandante. De qualquer maneira, a maioria dos principais
economistas mundiais não foi capaz de detectar a crise financeira que
paira sobre nós.

INTEL CORE i5 661

[TESTE] Processadores para jogos 300_05

O que dizer do Clarkdale, o novo dual-core da
Intel? Para começar, é o primeiro processador para PC do mundo com
transístores de 32 nm. Os transístores mais pequenos dão normalmente a
possibilidade de baixar o custo do chips ou de integrar mais
funcionalidades e desempenho pelo mesmo preço. Também tendem a permitir
frequências de funcionamento mais altas e a baixar o consumo de energia.
Uma vitória sob todos os aspectos, portanto.

Com isso em mente, o preço não parece fazer
sentido. Um dual-core de 32 nm não deveria custar seguramente uma
ninharia? Afinal de contas, o preço do 661 foi fixado em pé de igualdade
com o do quad-core Core i5 750. A explicação tem de estar relacionada
com a outra grande novidade deste processador, o núcleo de gráficos
integrados.

A ideia de fundir um CPU e um GPU num único
produto, como faz o Core i5 661, é uma coisa estranha. Por um lado,
trata-se de um prenúncio do que está para vir. Mas é difícil
entusiasmarmo-nos com uma tecnologia que existe sobretudo para tornar os
computadores de gama baixa mais acessíveis.

Mais especificamente, como entusiastas de jogos
não estamos nada interessados no débil desempenho dos gráficos
integrados que a Intel incluiu neste processador. Admitimos que é o
melhor da Intel até à data. No entanto, continua mais lento do que o que
consegue com uma placa de gama média da Nvidia ou da AMD. E mesmo esses
GPU serão totalmente inaceitáveis para alguém que leve remotamente a
sério os jogos para PC.

INTEL CORE i7 860

[TESTE] Processadores para jogos 300_06

Diz-se que os cemitérios da Roma Antiga estão
cheios de soldados medianos. O que isto significa é que a mediocridade
pode ser a verdadeira morte do artista. Com isso em mente, o leitor
poderia achar que o Core i7 860 está a jeito de receber um golpe de
gládio na garganta, com os cumprimentos das forças de mercado. Por um
lado, é muito mais caro do que o Core i5 750. Contrariamente ao que o
esquema de marcas da Intel faria supor, ambos baseiam-se no die de
processador Lynnfield, logo são virtualmente idênticos. Separam-nos uns
meros 133 MHz de frequência de funcionamento.

Por outro, poderia argumentar que o 860 não é um
verdadeiro chip Core i7. Afinal de contas, faz parte do socket LGA1156
de gama média da Intel, não da alternativa LGA1366 de gama alta. De
igual modo, não se baseia no die de processador principal Bloomfield,
pelo que carece de funcionalidades, tais como o controlador de memória
de canal triplo e suporte para montes de vias PCI Express.

Convém não esquecer que na verdade é possível
obter essas funcionalidades do Bloomfield de topo de gama por menos
dinheiro com os cumprimentos do Core i7 920. Por conseguinte, o 860
parece de facto um soldado mediano a caminho de uma sepultura prematura.
Não é nem a pechincha do Core i5 750 nem a proeza técnica do
completíssimo Core i7 Bloomfield.

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[TESTE] Processadores para jogos 302

Fonte: PCGuia

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